5 de novembro de 2012

Ter filhos

Uma das notícias que se fala hoje é sobre o decréscimo do número de nascimentos em Portugal. A taxa de natalidade do nosso país anda pela rua da amargura o que pode comprometer o futuro.
Quanto a mim, o instinto maternal até tem andado adormecido, também muito pela força das circunstâncias. Se as condições fossem outras, se calhar já tinha avançado com esse projecto de vida. Porque é isso mesmo: um filho é para sempre e há quer ter condições para criá-lo e apoiá-lo.
Apesar de tentar ser optimista a verdade é que estou desempregada, na minha área não há trabalho (as empresas de Media estão, na maioria, a despedir e as que ainda contratam preferem estagiários a custo zero e ir rodando o pessoal a cada fornada que sai da Universidade) e em outras áreas também é difícil, todos os dias se ouve falar na crise, no aumento de impostos, nas empresas que fecham, no número de desempregados que dispara. Está mau para todos? Não, acredito que haja ainda quem se dê bem, mas não é o meu caso. Não passo necessidades, mas também não tenho coragem de colocar um filho neste mundo, não agora, não assim. Talvez um dia isto mude e o filho chegue. Para já não.

2 comentários:

Rita P Faleiro disse...

Pois é... um filho é para sempre, e por aqui ainda nos estamos a habituar a essa realidade. É claro que aparecem sempre ajudas, mas também sei que queremos sempre conseguir ser nós a suportar. Afinal, somos nós que fazemos, verdade?...
Infelizmente as coisas não parecem ir para melhor... espero que um dia possas encontrar as condições para tal!! A esperança é a última a morrer, certo? :)

Beijinhos

ic disse...

Talvez um dia te dê um sobrinho ou uma sobrinha :)